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Arquitetos: aflalo/gasperini arquitetos
- Área: 38121 m²
- Ano: 2022
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Fotografias:Maíra Acayaba
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Fabricantes: Aba Esquadrias de Alumínio, Ariston, Atlas Schindler, Deca, Eliane, Fiori, Glassec, Kohler K&B Group, Neogran, PKO do Brasil, Verona Granitos
Descrição enviada pela equipe de projeto. Uma das quadras mais charmosas dos Jardins, próxima à estação de metrô Oscar Freire, em São Paulo, ganha um complexo de uso misto à altura – o Alameda Jardins, primeiro empreendimento desenvolvido pela Tishman Speyer na região do Jardins, assinado pelo aflalo/gasperini arquitetos. Composto por dois edifícios, comercial e residencial, o projeto se destaca pelos ângulos instigantes da fachada principal e pelo amplo revestimento verde ao longo de todo projeto, integrados por meio de um boulevard semipúblico com acesso pela avenida Rebouças.
O escritório segue a tendência urbanística contemporânea de complexos de uso misto com alto padrão estético nos acabamentos, oferecendo para a região muito mais do que um empreendimento com design arquitetônico exuberante e vistas únicas para os Jardins e Avenida Paulista, mas também uma praça entregue ao urbanismo da cidade, rodeada por muitas árvores e com obras de arte expostas ao público geral. Isso só é possível graças à ausência de muros ou grades no projeto e um conjunto de gentilezas urbanas, que promovem maior bem-estar aos usuários e passantes.
Essa praça, além de permitir o passeio de pessoas, também resguarda o edifício residencial, deixando-o mais recuado da Avenida Rebouças. O edifício tem pavimentos com diversas opções de plantas. As torres são revestidas de placas laterais amadeiradas, que se transformam em um pórtico na cobertura, fazendo uma espécie de coroamento na torre residencial. As placas utilizadas fazem o enquadramento dos terraços, com desenhos angulados que criam bases para os jardins verticais, imprimindo movimento à fachada. Já o edifício comercial é um corporate boutique com 8 pavimentos e explora uma arquitetura minimalista. É revestido em vidros brancos e serigrafados e tem forte presença e acesso pela Rebouças.
Ao mesmo tempo que é imponente, o edifício residencial também mostra-se acolhedor graças a composição de materiais com diferentes texturas utilizados pelo escritório: concreto aparente na borda dos terraços, revestimento branco no forro dos terraços, e jardineiras e madeiras na fachada, com abundância de áreas verdes. Na cobertura da torre principal, um rooftop de uso comum com academia, brinquedoteca e piscina de borda infinita se debruçam em uma vista 360o da cidade, com um painel exclusivo de Vik Muniz.
“O conceito contemporâneo de uso misto com boulevard semipúblico garante vitalidade ao projeto e ao bairro, assim como o movimento dos terraços, a presença dos jardins e os materiais nobres trazem design e elegância ao Alameda Jardins”, afirma Grazzieli Gomes Rocha, sócia-diretora do escritório de arquitetura.
Os dois edifícios são interligados visualmente por 600 metros quadrados de praças e alamedas contemplativas projetadas por Pamela Burton, responsável também pelo paisagismo do complexo Rochaverá Corporate. No centro desse espaço, os usuários poderão conferir uma escultura a céu aberto, elaborada pelo artista Raul Mourão. No residencial, também terá uma alameda exclusiva, com um caminho de paus ferros que se integra ao lobby e lounge com trabalhos de Laura Vinci, Athos Bulcão e Vik Muniz, resultado de uma parceria com a Galeria Nara Roesler, além da Galeria Carbono.
“A arquitetura contemporânea e atemporal do Alameda Jardins destaca o empreendimento entre as demais opções existentes na região. Reflete a qualidade do projeto, que é um case de grande sucesso. Essas características são resultado de um trabalho conjunto, que reúne a nossa experiência internacional com soluções locais, que integram e aproveitam todo o potencial de um dos bairros mais valorizados e charmosos da cidade”, afirma Leila Jacy, managing director da Tishman Speyer.
Em julho de 2022, o Alameda Jardins recebeu a certificação Ouro do Green Building Council, referência nacional em construção sustentável, como o primeiro edifício no GBC Condomínio da cidade de São Paulo. O selo atesta que todos os pré-requisitos estabelecidos na fase de projeto foram, de fato, adotados no empreendimento residencial.